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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

1 - O estudo do Crânio

Gostaria de salientar primeiramente as obras que estou consultando para a elaboração dessas postagens:


  1. Anatomia da Face - Bases Anatomofuncionais para a prática Odontológica, 6ª edição, 2008, do autor Miguel Carlos Madeira.
  2. Anatomia Craniofacial - Aplicada à Odontologia, do autor Marcelle Alvarez Rossi, 2010.
  3. Sobotta, Atlas de Anatomia Humana; volume 1, 22º edição.
Estudar o crânio é um desafio devido ser uma estrutura óssea complexa, não pelo fato de ser composto por 22 ossos mas, sobretudo, por abrigar o encéfalo, os órgãos dos sentidos (bulbo do olho [visão], orelha [audição], língua [gustação] e cavidade nasal [olfação]) e o início dos sistemas digestório e respiratório. A complexidade dessas estruturas é responsável pela riqueza de detalhes anatômicos encontrados no crânio.
Lembrando que o desenvolvimento do complexo craniofacial se inicia a partir da 4ª semana de vida IU (intra-uterina) e que o 1º arco branquial é responsável pela formação da maxila e da mandíbula, através de seus processos. Inicialmente os ossos que compõem a calvária (ou calota) craniana estão separados entre si por fontanelas (constituídas de tecido fibroso), a ossificação intramembranossa dessas fontanelas só irá ocorrer entre os 18 aos 24 meses. O principal motivo para a existência dessas fontanelas é facilitar a passagem do feto pelo canal vaginal (parto vaginal), através do estreitamento da circunferência da cabeça que após o nascimento retorna ao tamanho original que possuía no ambiente uterino e posteriormente diminui em consequência da ossificação intramembranosa acima citada. Após a ossificação das fontanelas observamos sua lembrança através das suturas (articulações fibrosas sem movimento), apesar que com o tempo pode ocorrer um processo chamado sinostose que "apaga" essas suturas e torna a calota craniana lisa e aparentemente contínua (como se fosse um osso único).
Crânio num corte sagital.
O crânio, didaticamente, é dividido em:

  • Neurocrânio (constituído por 8 ossos: frontal, 2 parietais, 2 temporais, occipital, esfenoide e etmoide);
  • Viscerocrânio (constituído por 14 ossos: 2 maxilas, 2 zigomáticos, 2 palatinos, mandíbula, 2 nasais, vômer, 2 lacrimais, 2 conchas nasais inferiores).
A calvária é o ponto mais superior do neurocrânio, tendo seus limites representados pela glabela (anteriormente) e pela protuberância occipital externa (posteriormente). Os ossos da calvária são caracterizados por duas camadas de osso compacto (tábua externa e interna) intercaladas por uma camada intermediária de osso esponjoso (díploe). É de comum senso que a tábua óssea interna é menos resistente que a externa. 
A base do crânio possui na face interna três fossas cerebrais:

  1. Fossa anterior - aloja o lobo frontal do cérebro, é limitada posteriormente pela asa menor do esfenoide  e sulco pré-quiasmático. O soalho é constituído pelo osso frontal, principalmente, e pela crista etmoidal + lâmina crivosa do etmoide.
  2. Fossa média - aloja o lobo temporal do cérebro, seu limite anterior é o posterior da fossa anterior (asa menor do esfenoide e sulco pré-quiasmático) e seu limite posterior é o dorso da sela e a margem superior da parte petrosa do temporal.
  3. Fossa posterior - aloja a ponte, o bulbo e o cerebelo. Seu limite anterior, como a lógica nos faz saltar aos olhos, é o dorso da sela e a margem superior da parte petrosa do temporal enquanto que seu limite posterior é o osso occipital (onde estão as fossas cerebelares). Seu soalho é formado pelo occipital juntamente com o temporal.
Bom, espero que essa explicação inicial tenha sido fidedigna ao objetivo que me propus ao me comprometer em postar sobre anatomia. Logo, logo, teremos mais um tema. Até lá!


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Anatomia Aplicada à Odontologia

Olá a todos, irei iniciar uma série de postagens sobre assuntos de anatomia que são pertinentes ao cirurgião-dentista. Estou aproveitando estas férias para realizar uma revisão geral de anatomia e por isso utilizarei o blog para postar algumas considerações.

Lembrando que já postei duas vezes sobre o assunto:

http://artedentaria.blogspot.com.br/2011/11/as-anatomias-da-vida-academica.html

http://artedentaria.blogspot.com.br/2012/06/anatomia-topografica-consideracoes.html

Vamos ao trabalho! ;)


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Um vídeo diferente!

Olá, amigos!

Hoje irei dissertar sobre um assunto ainda não citado neste blog, sobretudo por não ser específico dos temas aqui abordados, porém de grande relevância para nossa vida: os cinco maiores arrependimentos que poderemos ter antes de morrer.
Talvez você esteja sentindo um friozinho na barriga ao ter lido o tema, talvez você queira fugir do assunto ou pode ser que tenha ficado curioso e instigado a descobrir quais seriam! É verdade que estes cinco arrependimentos que irei enumerar podem não vir a ser os seus no momento em que estiver pressentindo o fim de sua vida biológica... porém foram produto de um estudo realizado por uma enfermeira numa unidade que trata de pacientes em estado terminal, portanto merece crédito e respeito. Vamos a eles:


  1. "Gostaria de ter tido CORAGEM de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim"
  2. "Gostaria de não ter TRABALHADO tanto"
  3. "Eu gostaria de ter tido coragem de EXPRESSAR meus sentimentos"
  4. "Eu gostaria de ter mantido CONTATO com meus amigos"
  5. "Eu gostaria de ter me deixado ser mais FELIZ"
Entendo que não haja necessidade de comentar muito sobre estes arrependimentos, eles se explicam por si mesmos. O que gostaria de deixar registrado neste blog é que a vida só possui sentido quando está cheia do Espírito Santo de Deus, quando estamos buscando agradar a Deus e viver nossa vida conforme a vontade Dele. A partir disso temos atitudes que nos levam a evitar/prevenir alguns desses arrependimentos. 

Vamos refletir:

  1. A vida é presente de Deus e somos fieis a nós mesmos quando agimos segundo os desejos inspirados por Ele (pois existem desejos destrutivos: vícios, vinganças, etc), assim fazemos da nossa vida algo tão grandioso e fantástico que é impossível não sermos felizes com ela, mesmo nos momentos de tristeza (há uma felicidade contínua e a certeza da vitória mesmo em momentos de provação). A vida do outro não nos pertence, podemos ajudá-lo porém não podemos decidir por ele... da mesma forma que não devemos deixar que nossa decisões sejam pautadas apenas no que o outro deseja, desconsiderando nossa vontade e nossos sonhos. Meu exemplo: meu pai desejava que eu continuasse cursando Direito porém eu desejava mudar para Odontologia, considerei o conselho do meu pai por saber que ele me ama porém na decisão pesou mais o que me faria realizada e num consenso ele entendeu que sua filha não se tornaria advogada mas sim dentista (Glórias a Deus por isso).
  2. Trabalhar para viver porém não viver para trabalhar, já diz o ditado ... kkkk e mais!! usar o trabalho como ferramenta para crescimento pessoal e espiritual, sempre há oportunidade de ajudar um necessitado, de amenizar o sofrimento do outro (Dra N.L. sabe muito bem disso... que Deus a abençoe e lhe recompense por seu coração bondoso, visto que Jesus nos ensinou que não são as obras que "contam" para que não nos vangloriemos nelas mas o coração aquebrantado e contrito com Deus... e eu sinto que Dra N. L. executa por amor e não por vaidade, Glórias a Deus por essa serva).
  3. Dizer Eu te amo liberta! Só isso. :) Deixemos de lado o fingimento e vamos mostrar que nos importamos mesmo com aqueles que nos magoaram ou que de outra forma não corresponderam ao que queríamos.
  4. Sem comentários, é muito importante.
  5. Vamos nos permitir mais ... vamos nos amar, nos alegrar, nos regozijar !
Concluindo a postagem, peço que entendam o sentimentalismo contido neste texto pois é impraticável ser objetiva num assunto tão subjetivo assim como também me é impossível não glorificar a Deus por isto. Vamos refletir, vamos melhorar o que pudermos ...

Que a paz do Senhor Jesus fique com vocês!



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Blodonto

Durante a disciplina de Tópicos Avançados I (4º período) nos foi dada a incumbência de desenvolver um blog onde postaríamos os assuntos dos seminários apresentados. Vale a pena conferir, os assuntos são todos relacionados à correta higienização bucal. Desde o histórico das escovas dentais, colutórios, dentrifícios, até as técnicas utilizadas (com demonstrações em vídeo) vemos uma abordagem diferenciada das que encontramos em livros.

O link é este: http://blodonto.blogspot.com.br/

Boa leitura !

Férias (?)

Estamos em Dezembro e pouco falta para que as desejadas férias de fato se iniciem, no meu caso, falta apenas a divulgação de uma nota (Anestesiologia) para que possa dar início oficial às férias ou estudar para uma prova final (nunca fiz prova final em Odontologia, Deus queira que não seja dessa vez).
Enquanto a nota não sai já iniciei meu esquema de estudos de Anatomia Aplicada à Odontologia, onde revisarei todos os assuntos e me prepararei para a prova de monitoria. Estive ausente no blog devido a correria das semanas de provas mas a partir de agora serei mais constante por aqui.

Abraços !

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Aftas - Úlcera Aftosa Recorrente (UAR)

As aftas são causa frequente de desconforto na região oral, muitos são os tratamentos populares indicados por leigos e as teorias sobre sua origem. Neste post irei desmistificar algumas ideias erroneamente construídas sobre esse tema além de dissertar sobre o que realmente é essa infecção que, apesar de mais frequente nas estruturas orais, também pode surgir na região vulvar.
A afta consiste de uma ulceração do tecido conjuntivo com exposição das terminações nervosas, por isso sentimos dor, circundada por um halo hiperêmico (anel avermelhado). As causas são explicadas por três teorias que, PASMEM, não aceitam a ideia da afta ser originada devido problemas gástricos. São elas: Teoria Genética, Teoria Infecciosa e Teoria Imunológica. Na realidade estas teorias podem estar intrinsecamente relacionadas, portanto para que se desenvolva uma afta pode ser necessário: estar infectado pela forma L de um Streptococus alfa hemolítico + imunossupressão + herança genética. 
Vocês podem estar pensando: Como as causas possíveis são apenas as dessas três teorias? Caso eu tenha uma alta ingesta de alimentos ácidos não terei também afta?
Então lhes digo ... na realidade, a afta é de caráter infeccioso, então qualquer úlcera causada por um trauma físico ou agentes químicos não se enquadra na definição de afta. São úlceras traumáticas (causadas por escovação intensa, mordedura da mucosa/língua, etc) ou erosões causadas por agentes ácidos. Dessa forma, delimitamos o que pode ser considerado como afta e o que, apesar de semelhante, são ulcerações oriundas de outras causas e não constituem a entidade aftosa.
Bom, vamos deixar de blábláblá e dizer quais os tratamentos indicados. Existe o tratamento paliativo e o sistêmico. No paliativo temos as opções de: 
  1. Cauterização (paramonoclorofenol não-canforado)
  2. Acetonido de triancinolona
  3. Laserterapia
  4. Cola super bonder
Esses tratamentos são paliativos porque não eliminam o agente etiológico, porém são muito efetivos.

No tratamento sistêmico o objetivo é melhorar o sistema imunológico do paciente:
  1. Recomendações de exercícios
  2. Recomendações dietéticas
  3. Complexo vitamínico e de minerais
Dessa forma o paciente pode prevenir a recidiva aftosa.

Lembrando: nas formas simples de afta (as de Mikulicz) há regressão da lesão em até 08 dias, mesmo sem tratamento, não deixando cicatriz. Porém nos casos de aftas de Sutton a regressão é demorada e, geralmente, deixa cicatrizes. Deve-se investigar os pacientes que possuem recidivas constantes de aftas, principalmente quando são de Sutton, no que se refere à possibilidade de ter HIV (requisitar teste Elisa para HIV).

domingo, 19 de agosto de 2012

Ação dos Anestésicos Locais

Um dos assuntos que mais interessam à odontologia é o controle da dor, seja através dos anestésicos ou dos analgésicos. Neste post trataremos do modo de ação dos anestésicos locais, os quais são utilizados em cerca de 95% dos procedimentos clínicos odontológicos.

Para compreendermos esse mecanismo somos 'obrigados' a relembrar um pouco de anatomia e fisiologia do sistema nervoso. Sabemos que o neurônio é a célula que forma todo o sistema nervoso, a unidade fundamental, e que existem dois tipos deles: o sensitivo (aferente) e o motor (eferente). Para interesse desse estudo, iremos considerar o neurônio sensitivo. Ele possui três partes: processo periférico (ou zona dendrítica), processo central (ou axônio) e corpo celular (que se localiza no centro da célula). Os dendritos transmitem a mensagem de um neurônio a outro, através de ligações químicas, o axônio é semelhante a um fio por onde o potencial de ação elétrico se propaga e o corpo celular, neste tipo de neurônio, é o provedor do metabolismo, porém não participa da transmissão do impulso.
Nos seres humanos, a maioria dos nervos é do tipo mielínico, ou seja, possuem uma bainha que reveste o axônio de modo a isolá-lo elétrica e farmacologicamente. Porém essa bainha não é contínua, possui pequenos intervalos, onde há exposição do axônio, que denomina-se de nodo de Ranvier, esse espaço expõe sobretudo a membrana nervosa que é rica em pequenos canais por onde penetram os íons de sódio que estão no meio extracelular. 
O processo pelo qual o nervo periférico transmite um impulso para que o sistema nervoso central interprete como dor está diretamente relacionado e dependente dessa penetração de Na+, pois é a partir dela que o axoplasma (meio interno do axônio) sofre despolarização e gera o potencial de ação elétrico (o impulso nervoso, em outras palavras). Por isso que a ação dos anestésicos locais é específica nesses canais iônicos de sódio.

Existem várias teorias para a explicação do modo como o anestésico atua, porém a mais aceita atualmente é a Teoria do Receptor Específico. Segundo ela: a solução anestésica atua retirando íons de cálcio do canal de íons de sódio e se agregando onde eles estavam, formando um bloqueio no canal onde ele fica obliterado e não há permeabilidade para o sódio. Dessa forma não ocorre a despolarização e é evitado que o potencial de ação elétrico se origine ou se propague, caso já tenha sido originado anteriormente. Seria um receptor específico para a molécula do agente anestésico, que poderia estar localizada abaixo, no axoplasma, ou no meio do canal.

Enfim, desse modo os anestésicos de uso local cumprem seu dever: controlar a sensação de dor através do bloqueio químico na membrana nervosa, possibilitando ao cirurgião-dentista realizar suas atividades e ao paciente se submeter sem medo aos procedimentos.

:)

Um caso clínico de CTBMF

Em 18/08/12 ocorreu um acidente que necessitou de atendimento e avaliação do cirurgião e traumatologista buco-maxilo-facial. Para sintetizar a postagem vou citar as condutas tomadas pelo cirurgião e expor duas imagens, uma do momento em que o paciente chegou ao hospital e outra do momento trans procedimento. O objetivo dessa postagem não é questionar condutas mas incitar os leitores à curiosidade e estimular o estudo dessa especialidade tão nobre. Infelizmente não disponho das radiografias, portanto a postagem fica incompleta sem esses exames. Vamos lá:

1) Alcoolismo + motocicleta + BR = acidente (a fórmula mais óbvia do mundo);

2) Ida ao hospital local;

3) Laceração na região da comissura labial até o corpo da mandíbula, incluindo rompimento arterial e nervoso com exposição óssea;

4) Encaminhamento ao hospital de referência para atendimento especialista;

5) Radiografias (Face PA e perfil, Hirtz e Wargas);

6) Antissepssia com clorexidina degermante;

7) Posicionamento do campo cirúrgico;

8) Anestesia com vasoconstrictor (Lidocaína a 2% + epinefrina [não lembro a concentração]);

9) Sutura com cate-gute [vasos] e nylon 4.0 (aproximadamente uns 50 nós de sutura), incluindo fixação da mandíbula por meio de sutura com a mucosa labial;

10) Indicação cirúrgica para colocação de pinos de titânio no corpo da mandíbula a fim de fixá-la;

11) Internamento hospitalar pré-operatório;
















Daí em diante não posso mais narrar visto não ter acompanhado o paciente. Espero que tenham gostado. Abraços!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Clínica Odontológica II - nº01

Os atendimentos na clínica recomeçaram no dia 07/08/12, porém esse dia foi destinado às requisições de exames de imagem e laboratoriais. Ontem (14/08/12), os pacientes (a maioria) trouxeram os resultados e realizamos a triagem para destiná-los às clínicas onde receberão atendimento de acordo com a complexidade. Estou muito feliz pois continuo com as mesmas pessoas, T.R. que agora está no 10º período e N.G. que é minha colega de sala. No período passado nosso trio revelou muita afinidade, foi uma fórmula que deu certo! Nada melhor que continuar juntas. As idas ao Shopping após as clínicas também recomeçaram... kkkk A terça-feira sempre é mais feliz que os outros dias, pois além de termos seriedade no que fazemos, temos a amizade que nos faz rir de bobagens e sermos companheiras em muitos momentos. Tenho certeza que essas clínicas me serão inesquecíveis e uma fonte profunda de saudade e boas memórias. Estou sentindo falta de D.L. mas sei que a ausência dela é provisória e devido ao doutorado que ela está concluindo em SP. Que ela volte logo... e com o título conquistado. :)

4º Período

Well, faz uma semana apenas que as aulas recomeçaram. Talvez seja precipitado afirmar que esse período vai ser trabalhoso porém não tão difícil, talvez seja otimismo dizer que algumas disciplinas serão fáceis de aprovar... enfim! Estou gostando das disciplinas, dos professores (todos já conhecidos), do horário de aulas (exceto da terça à noite ¬¬') e continuo com a turma praticamente imutável (apesar que agora somos 48, antes 54).
A grande novidade para esse período é que estou em outro apartamento, onde tenho outros compromissos (agora preciso cozinhar! kkkk mas é ótimo porque estou muito desejosa de aprender culinária ^^) e outra colega (que, assim como a anterior, também estuda Direito). Além disso, não poderia deixar de citar algo fantástico: minha turma está atendendo com mais autonomia no CEO de Estomatologia ! Eu e minha dupla (M.E.) fazemos todo o atendimento (sem estarmos subordinadas aos períodos avançados) e levamos o caso ao professor (que, óbvio, dá o veredicto e tratamento final). É muito bom poder atender o paciente e se responsabilizar pela escolha da melhor conduta a ser tomada para resolver o problema que o levou até ali. 
Neste período sinto que minha responsabilidade aumentou numa medida próxima a das minhas competências, podemos associar o que aprendemos e aplicar nas clínicas de maneira mais segura. Aos poucos vamos caminhando e nos desfazendo da necessidade de apoio em todo procedimento de pequena complexidade. Olho para os colegas do décimo período e fico imaginando como estarei nesse estágio, peço a Deus que, quando ali chegar, tenha me preparado e esforçado o suficiente para ser a melhor nova dentista possível. =]

Que Deus abençoe minha turma, minha colega de apartamento, minha ex-colega, enfim... todos nós.

sábado, 30 de junho de 2012

Anatomia Topográfica - considerações

Todo estudante da área de saúde tem que lidar com a responsabilidade de aprender os conceitos de anatomia segmentar (ou seja, sistêmica), porém alguns além desta também devem dominar conhecimentos de anatomia topográfica que é diretamente relacionada com seu curso. No caso da odontologia temos a anatomia craniofacial, também conhecida por: anatomia de cabeça e pescoço, anatomia aplicada à odontologia, etc.
Conhecer e amar a anatomia topográfica é o mesmo que estar numa nova residência e explorá-la, conhecer cada espaço e poder alterá-lo conforme as necessidades. É preciso amor em tudo, pois se você não aprecia sua área de trabalho dificilmente poderá manipulá-la para atingir seus objetivos. 
A anatomia craniofacial pode ser vista em peças anatômicas (reais ou artificiais), em pessoas vivas (visão de superfície) ou em imaginologia (radiografias, tomografias, etc). Para fazermos uma correta interpretação de uma radiografia cefalométrica, portanto, se faz mister conhecermos os pontos cefalométricos, ou seja, a anatomia. Lembrando que há distinção entre pontos cefalométricos e craniométricos (estes últimos são visualizados no crânio em si).
Muitas pessoas imaginam que a área de atuação do cirurgião-dentista é por demais restrita, porém desconhecem a complexidade e possibilidades com as quais nos deparamos. Quando o leigo pensa no dente, por exemplo, jamais imagina que possuem arestas, morfologia distinta entre dentes de mesmo grupo, cíngulos, etc. Imaginam da forma que sabem: o mais simplista possível, principalmente pela falta de hábito de observá-los meticulosamente. É uma parte de nosso corpo onde raras pessoas, leigas, conhecem adequadamente. Muitas vezes nem percebem exposição radicular, enfim, não há necessidade de prolongar estas observações...
Nossa área de atuação é pequena quanto às dimensões (face, cavidade oral, etc), porém enorme quanto ao conhecimento. Somos profissionais especializados num dos sistemas mais importantes do organismo humano: o sistema estomatognático. Responsável pelo início da digestão, sucesso da fonação (a ausência de dentes modifica drasticamente o modo como se articula as palavras), às vezes pela respiração (respirador bucal), estética e bem-estar geral do indivíduo.
O conhecimento acurado da anatomia craniofacial nos capacita a revertermos situações de perda de função, instabilidade mastigatória, correção cirúrgica de defeitos do complexo buco-maxilo-facial ou decréscimo na estética, favorecendo em muitos aspectos o indivíduo que procura por tratamento especializado. 
Portanto, vamos ao estudo! O estudo deve ser hábito do CD, revisão dos conteúdos são tão importantes quanto as capacitações, atualizações. Que a nossa geração consiga avançar com qualidade, cientificidade e humanização. E isso só conseguiremos através do amor pela arte dentária, algumas vezes estudando assuntos que nos empolgam e outras assuntos que nos entediam, mas mantendo a qualidade por responsabilidade pelos pacientes que em nós confiarão. :) 


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Estudante de Odontologia

O estudante de Odontologia atual está inserido numa realidade extremamente complexa, ao mesmo tempo que brilhante. Sabemos que há algumas décadas cursar Odontologia era sinônimo de um futuro estonteante, onde os recém-formados eram metralhados com excelentes propostas de emprego, com salários que se convertêssemos pro valor monetário atual seria bem superior ao que nos é oferecido na maioria dos lugares. O cirurgião-dentista de algumas décadas, que hoje podemos conhecer alguns no território acadêmico, ministrando aulas e compartilhando sua larga experiência, acumulava bens materiais mais facilmente que os das últimas gerações. Porém, isso não é sinônimo de que era mais vantajoso estudar Odontologia antes e que agora é desinteressante!  Vamos aos argumentos! Rs

  • Hoje possuímos mais possibilidades de expandir nossa profissão, mais aperfeiçoamentos, especializações, mestrados e doutorados... ressaltando que esse aumento de oferta nos leva à necessidade de analisar criteriosamente a instituição antes de iniciarmos nossa expansão acadêmica!
  • Somos da geração Y ! Associamos nosso trabalho com a tecnologia, estamos numa época em que se substitui parte dos formulários em papel por formulários eletrônicos, realizamos back up e somos felizes ^^ podendo levar esse acervo num memory card, pendrive, HD portátil... enfim, os exames radiológicos (onde algumas empresas enviam a cópia digital para o e-mail do CD solicitante), os dados pessoais e de anamnese, podem ser acessados em qualquer lugar e a qualquer momento.
  • As possibilidades de pagamento do tratamento dentário também facilita nossa vida, não me refiro aos planos de saúde odontológicos (kkk esses são muitas vezes necessários mas ainda não pagam dignamente o nosso trabalho), antes era difícil para alguém das classes menos favorecidas pagar por tratamentos endodônticos, de implantodontia, etc... mas com a popularização dos cartões de crédito e débito a situação mudou! Mais pessoas tratadas, mais profissionais trabalhando... uma mão de duas vias que traz muitas satisfações.
  • O ProUni e o SISU facilitam o acesso ao curso, principalmente para quem mora no interior e não pode estudar na capital (nas universidades federais ou estaduais) além de não poder pagar a mensalidade de uma faculdade privada (que, convenhamos, depois de medicina é o curso mais caro).
Nós, estudantes de Odontologia, somos dos que mais "sofremos" em detrimento de obter uma adequada formação acadêmica. Além dos 10 períodos, das milhares de disciplinas, ainda tem aquela mistura básica de aula teórica com prática. Na faculdade onde estudo, o turno é integral, tendo atividades pela manhã e tarde e, esporadicamente, à noite também! É cansativo mas dinâmico, ao deitar (mesmo sabendo que terei que acordar cedo pra aula) tenho a satisfação de um dia lotado porém muito produtivo.
Ah... para quem deseja se dedicar a esse curso é importante também dissertar sobre as listas de materiais odontológicos, as famosas listinhas de dezenas de instrumentais... kkk
Geralmente, começam com as disciplinas de Dentística Pré-Clínica e Materiais Odontológicos, porém outras disciplinas como Cirurgia, Endodontia, Prótese, Periodontia também solicitam suas listas. É interessante que o estudante, ou seus responsáveis, comece a planejar a compra com antecedência e preste atenção às marcas que porventura sejam EXIGIDAS por algum professor. Não que seja proibido comprar instrumentais de preço mais modesto, pelo contrário, mas alguns merecem atenção devido o acabamento e a utilidade deles. Por ex, não posso comprar uma alavanca para exodontia que tenha um acabamento grosseiro, pois além de dificultar o procedimento também traumatiza desnecessariamente a área cirúrgica.

Outro aspecto de tremenda importância é realizar monitorias, projetos de pesquisa, como forma de aprofundar o conhecimento sobre determinada disciplina, aprimorar técnicas e conseguir horas de atividade complementar. Além de todas essas vantagens ainda temos que considerar o enriquecimento do Currículo Lattes.

Bom, por enquanto é isso... espero que tenha dado para ter uma ideia sobre a realidade dos estudantes de Odontologia e que sirva de incentivo para os que são e para os que desejam. 

Abraços a todos! :)

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Especialidades Odontológicas

Impressionante como o cirurgião-dentista ainda possui um rótulo simplista perante a sociedade, recentemente uma colega de trabalho me questionou sobre o que seria um profissional buco-maxilo-facial. Por se tratar de alguém que é da área de saúde fiquei atônita e refleti sobre o quão limitada é a imaginação das pessoas sobre o trabalho do odontólogo. Para muitos é aquele indivíduo que realiza extrações, restaurações, limpeza, coloca aparelhos ortodônticos, faz canal quando o dente está 'quase perdido' e receita pomada para feridas na boca.

Esse texto não está carregado de ironia, assumo que antes de adentrar nesse mundo também era completamente leiga sobre as atribuições e os termos técnicos da profissão. Não sabia o que era restauração feita em amálgama, mas sabia o que era obturação de platina... kkkk enfim!!

Pesquisando sobre as possibilidades de especializações, planejando o futuro iminente, me deparei com as seguintes opções:

  1. Cirurgia: esse especialista realiza cirurgias orais de menor porte, que são efetuadas no próprio consultório, como por ex, exodontia de terceiros molares e restos radiculares.
  2. Cirurgia buco-maxilo-facial: estuda e trata as lesões de todo o complexo, muitas vezes trabalha em ambiente hospitalar e com a interação do cirurgião de cabeça e pescoço, cirurgião geral, anestesiologista... realiza cirurgias de todos os portes, desde a exodontia de restos radiculares até a cirurgia ortognática, mini implantes, etc.
  3. Clínica Geral: é o que faremos quando concluirmos a graduação, uma odontologia ampla porém que necessita, muitas vezes, de encaminhamento aos especialistas.
  4. Dentística: objetiva a reabilitação estética do elemento dentário, bem como sua função que possam ter sido comprometidas por processo carioso, fraturas, erosão, abrasão, etc.
  5. Disfunção têmporo-mandibular e dor orofacial: trata e investiga a etiologia desses distúrbios.
  6. Endodontia: trata os canais radiculares e coronários, infectados ou não. Visa a preservação do elemento dentário na cavidade oral.
  7. Estomatologia: previne, diagnostica e trata patologias orais, assim como permite que o profissional reflita sobre o prognóstico, além de também prevenir e diagnosticar outras patologias que tenham reflexo na cavidade bucal (diabetes, por ex).
  8. Implantodontia: reintegra o indivíduo à sociedade através da implantação de raízes artificiais que sustentam as próteses, aproximando-se da estética natural.
  9. Odontologia em Saúde Coletiva: analisa, organiza,planeja, executa e avalia os serviços, projetos ou programas de saúde bucal dirigidos à população de maneira coletiva, enfatizando a promoção da saúde com ações preventivas.
  10. Odontologia Legal: auxilia a medicina legal e a criminalística através da análise crânio-facial e dental dos indivíduos envolvidos, visando a elucidação de casos e identificação de vítimas ou suspeitos.
  11. Odontologia Preventiva: posiciona-se em medidas de prevenção de todas as patologias bucais, tais como cárie, neoplasia maligna, etc.
  12. Odontogeriatria: estuda os efeitos do envelhecimento sobre as estruturas do sistema estomatognático, além de planejar adequadamente os tratamentos nessa específica fase do paciente.
  13. Odontopediatria: especialista no atendimento a crianças e seus problemas mais frequentes.
  14. Ortodontia: corrige o posicionamento dos dentes, harmonizando a oclusão e articulando corretamente as arcadas.
  15. Patologia Oral: fornece meios para o correto diagnóstico das patologias orais, através de análise microscópica de lâminas.
  16. Periodontia: trata das doenças do periodonto, além de cuidar da função de suporte aos dentes.
  17. Prótese: cuida da recuperação de coroas dentais e da reparação dos espaços decorrentes de exodontias.
  18. Imaginologia Odontológica: tem por finalidade auxiliar o diagnóstico através de radiografias e outros exames de imagem (tomografia, por ex), fornecendo documentação e aumentando a credibilidade nos tratamentos dentários.
Well, espero que após a leitura dessa postagem haja melhor discernimento :) inclusive aprendi mais sobre as possibilidades... é importante dizer que não esgotei todas as especialidades, citei apenas as que considero de maior eminência!

Até mais!


terça-feira, 19 de junho de 2012

E mais um período termina :D Rumo ao 4º!

Well, este é um dos posts mais felizes que faço nesse blog! Mais um período que se conclui, muito aprendizado, muitas conquistas... 
O terceiro período cumpriu o que muitos diziam sobre ele: grandes gastos com materiais odontológicos, muitas aulas práticas, pressão cada vez mais crescente nos estudos, primeiro contato com os pacientes na Clínica da Faculdade, enfim... :)
Diante de tudo só tenho uma coisa a fazer: agradecer! Meu Deus foi maravilhoso, me abençoando em todos os aspectos da vida... família, trabalho, estudo... 
Fazendo um resumo do que me ocorreu neste período posso citar:
  • Me apaixonei pela radiologia, apesar de continuar tendo dificuldade em executar radiografias pelo método da bissetriz (mas vou treinar, chegarei lá kkk)
  • Tive dificuldades imensas na Dentística, mas fui melhorando e na segunda unidade entendi bem melhor ^^
  • Consegui ser aprovada em todas \o/ minha maior façanha, visto Materiais Odontológicos ter sido um terror... kkkk no final, acabei gostando da matéria!
  • Conheci a profª D.L., me identifiquei muito com ela e fiquei encantada com suas aulas ;)
  • Conheci melhor minha dupla de clínica, T.R., com quem fiz amizade e hoje posso dizer que gosto e considero demais :D
  • Tomei posse do concurso que fiz em 2009, na cidade de S. o/
Finalizo satisfeita e muito feliz... neste momento, conversando com D.V. pelo Whats App kkkkk

*__*

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Clínica Odontológica I - nº 10

08/05/12

Ontem foi um dia extraordinário, não apenas pela clínica mas pelo que se desenvolveu a partir dela. Atendemos 3 pacientes, gostei muito da nossa união... no dividir das tarefas, nas conversas, nos olhares :) pela primeira vez percebi que ali, com T.R. e N.G., estava formando uma equipe, havia prazer no que estávamos fazendo... e isso não foi de ontem, já vem acontecendo há algum tempo. Graças a Deus.
A única coisa que me deixa triste é o fato de que, em breve, T.R. sairá da faculdade... trilhará o caminho dela e perderei minha grande companheira. Mas esse sentimento de tristeza não é desses inspirados pelo egoísmo, mas sim por ter tido poucas oportunidades de encontrar pessoas nas quais sinto poder confiar, cujo olhar me transmite paz e com as quais eu posso ser eu mesma, sem reservas.
Mas vamos aos atendimentos, se eu for divagar sobre pessoas que me encantaram nessa clínica não cumprirei o propósito do post... ;)

1) Dona V.L.R., paciente submetida a enxerto ósseo recentemente (citei-a aqui no blog), realizamos radiografia periapical para acompanhamento do resultado. Fiquei na parte de revelação, estou 'pegando o costume' de minha ex-tutora kkk cheirando o filme após a lavagem final para ver se está bem lavado... 
Também foi feita a retirada do fio de sutura (região edêntula dos 15/16), para alívio geral da paciente que se incomodava sobremaneira com esse fio... kkk

2) M.F.P., 29 anos, P.A.: 110x70 mmHg.
O procedimento dessa paciente foi uma restauração com resina composta fotopolimerizável, FIZ A ANESTESIA PAPILAR (complementando outra ocasião em que fiz apenas a infiltrativa) e N.G. fez a técnica de anestesia infiltrativa, ambas com a supervisão e auxílio de T.R.. A cárie retirada estava no elemento 24, onde foi realizada um preparo cavitário MOD.

3) R.A.S., 27 anos, P.A.: 120x80 mmHg.
Essa paciente foi diferente de tudo quanto presenciei nesses dias de clínica! Pela radiografia periapical do elemento 12 foi identificada uma lesão no ápice radicular. A mesma referia não sentir dor alguma e T.R. fez testes de sensibilidade que comprovaram a desvitalização do dente. Foi feito um acesso (com a broca) à câmara pulpar e aplicado medicação (triclesol formalina). Para restauração provisória foi utilizado IV (Maxion R).

Obrigada Senhor por mais um dia... :D

domingo, 29 de abril de 2012

Clínica Odontológica I - nº 09

Referente a : 24/04/12

Continuando com o tratamento de M.F.P., hoje fizemos a restauração permanente do elemento 15. O material de eleição foi a resina composta fotopolimerizável, pela 1ª x vi o condicionamento ácido sendo feito num dente vivo, logo após a aplicação do primer e bond selando os túbulos dentinários e favorecendo o ambiente para a adesão à resina. T.R. nos ensinou uma tática: utilizar resina UD para simular a dentina, B3 (nesse caso) para o esmalte e Durafil da mesma cor (B3) para o acabamento. Ficou tão lindo *__*  kkkk 
Os pontos de sutura da exodontia do 38 foram retirados, cicatrização concluída. Antes da restauração fizemos uma radiografia periapical. 

Só para constar: como diria minha amiga Bruna > 'não sou obrigada!' a escrever mais esse diário, porém foi uma ideia maravilhosa que minha ex-tutora deu e faço questão (e com muito prazer) de escrevê-lo. Penso em quando estiver formada e desejar reler o que aconteceu comigo nessa época tão importante, assim como observar a maneira como eu enxergava as coisas :) Obrigada, D.L. por ter feito com que eu iniciasse desde o primeiro dia de clínica!! Pretendo fazer em todas as demais clínicas. 


Clínica Odontológica I - nº 08

Referente à data: 17/04/12

Minha primeira terça-feira de clínica oficial! Há muito ansiava por essa troca de dia pois meu plantão no hospital é fixo na sexta, agora posso cumprir com mais assiduidade meu compromisso profissional. :)

Esse dia foi diferente de todos, começando pelo procedimento que iria presenciar: enxerto de hidroxiapatita na região maxilar. Porém não ficou só por aí... antes das atividades serem iniciadas o profº regente nos bombardeou com uma estranha novidade: os tutores seriam trocados, haveria revezamento.
Entendam, gosto dos demais professores porém já estava habituada ao modo que minha tutora lidava conosco. Sentia uma ótima relação com ela, o fato dela estar ali na clínica em prontidão para nossas dúvidas... o fato dela ser tão amigável... era um fator de incentivo e ânimo para que eu fosse pro ambiente. Claro que não era apenas isso que me estimulava, o 'trabalho' em si já é empolgante e minha dupla também injeta adrenalina na vivência... mas, egoísta como sou, não queria perder nada do que me agradava. Enfim, agora meu tutor é J. e pelo pouco que conheci já superou minha expectativa! :)

Vamos ao relato de caso:

P.A.: 130x80 mmHg
A paciente mostrou-se receptiva ao tratamento, inclusive muito bem informada (mãe da minha dupla ^^).
Realizou-se antissepsia com PVPI em toda região peribucal, preparo do campo operatório obedecendo a todas as regras de manuseio de material estéril.  Aplicou-se anestesia na região de molares e pré-molares. Foi extirpado resto radicular com presença de lesão periapical, posteriormente retirado tecido palatal para enxerto gengival na região de interesse. O local onde retirou-se tecido foi suturado de maneira bem interessante, parecendo uma rede e com uma rede de colágeno presa entre os fios, promovendo a hemostasia. O enxerto foi feito com hidroxiapatita, colocado aos poucos com algo parecido com uma colher de dentina. Após tudo isso, suturou-se p enxerto gengival e pronto!

Durante todo o procedimento eu e minha colega (N.) fomos incubidas de tirar fotos... registrar tudo para um possível estudo de caso ^^ Quero ler o artigo assim que estiver pronto!

Foi perfeito ter estado ali, vendo algo diferente da rotina da clínica e de profundo interesse meu. :)

Fico por aqui... até a next!

Clínica Odontológica I - nº 07

Referente à data: 30/03/12

Neste dia, novamente com minha dupla T.R., deu-se continuidade ao tratamento odontológico da paciente M.F.P., 29 anos. A região onde foi realizada a exodontia já apresentava boa cicatrização, sem nenhuma queixa da paciente.
Nesta oportunidade foi realizado um tratamento expectante no elemento 17, observamos que o substrato era tênue e, portanto, o capeamento foi indireto com o uso de Ca(OH)2, tendo como material restaurador provisório o ionômero de vidro. A paciente relatou, durante o procedimento, sensação térmica dolorosa (frio).
Foi um dia muito produtivo pois manipulei o cimento de Ca(OH)2 e o ionômero de vidro (tudo bem que é fácil mas tá valendo ;D kkk). 

Enfim, foi a última clínica da sexta-feira. As duas semanas posteriores não tivemos clínica, por motivo de feriado e outra semana por ter sido o 21º COPEO.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Clínica Odontológica I - nº 06

Data: 27/03/12 - terça-feira

Hoje toda a turma foi para a clínica com o propósito de realizarmos a prática radiológica da técnica da bissetriz! Quem procedeu a uma tomada radiográfica utilizando os posicionadores sabe a aflição que a técnica da bissetriz dá! Primeiro, por ser nossa primeira oportunidade, fica aquela sensação de pouca confiança ao direcionar o feixe do raio pra área a ser revelada... depois tem o problema de ajustar os cm de distância (sem régua, apenas com a medição ocular kkkkkkkk) entre a película e os feixe radioativo, o posicionamento do filme (que é incômodo em demasia), enfim... requer muita atenção e persistência para dar certo!
A dinâmica foi realizada em duplas, radiografei os pré-molares superiores de uma hemi-arcada do meu colega. \o/ A primeira película teve direito a sofrer todos os erros possíveis (quase todos, ok) durante o posicionamento e a distância radioativa kkkkk Resultou em alongamento e sobreposição... a partir daí se percebe que errei no ajuste vertical e horizontal do foco de feixe, além do posicionamento do filme =x
Vamos ver o resultado:
Os pré-molares que deveriam sair ao centro, ficaram à esquerda, saindo os INCISIVOS à direita! 
Após essa primeira tentativa, tive vergonha e pedi à tutora para tentar novamente! Ela explicou como deveria ser, tirei algumas dúvidas e voltei com minha dupla pra sala de raio-x. 
Eis o resultado:
Apesar de ter saído parte do 2º molar, foi razoável em relação à outra kkkkkk

O canino deveria ter aparecido mais, enquanto que o 2º molar não deveria ter ficado à mostra. Mas tudo bem! Foi bem melhor que a primeira kkk Outras oportunidades virão e postarei aqui!
Até.

terça-feira, 27 de março de 2012

Clínica Odontológica I - nº 05

Referente à data 23/03/12

Se Doctor Who fosse resumir a clínica de hoje em uma só palavra diria: FANTASTIC! kkkkk :D deixando meu seriado preferido de lado, vamos aos fatos:

Minha dupla estava internada, portanto faltou e minha tutora estava resolvendo algo em SP. Dessa forma fui remanejada para outra dupla, fiquei com duas pessoas maravilhosas (N.G. e T.R.) de modo que meu dia foi muito proveitoso. Atendemos apenas uma paciente, digna de nota:

  • M.F.P., sexo feminino, 29 anos, com histórico atual de estomatite protética e com diversos procedimentos a serem realizados. O procedimento eleito, através de triagem, para o dia de hoje, foi a exodontia do elemento 28. 
Reunimos todos os materiais necessários, dispusemos na mesa acessória respeitando os cuidados para manter os materiais estéreis. Após isolar a 'mangueira' do sugador, com campo cirúrgico, e a alça do refletor (foco)... chamamos a paciente. A colega do 9º período lhe explicou resumidamente o procedimento que seria feito, conseguindo uma resposta satisfatória da paciente que se mostrou receptiva ao tratamento. Aferi a P.A. : 120x70 mmHg. E vamos lá! A parte legal começa agora... :D

  • Posicionamos a paciente, T.R. isolou a área cirúrgica com um campo frenestrado . Realizada antissepsia intra-oral com solução de clorexidrina degermante (através de bochecho) e extra-oral com solução de PVPI (povidine) degermante.
  • Ajustado o refletor na área de interesse, T.R. inspecionou o elemento dentário e sua área adjacente. 
  • Utilizando 2 tubetes de Mepivacaína (com vasoconstrictor), realizou anestesia infiltrativa (1,5 ml), papilar e intraligamentar. Também se utilizou anestésico tópico.
  • Com o auxílio de um sindesmótomo, afastou-se a gengiva expondo o colo cirúrgico.
  • A exodontia em si foi realizada com a alavanca, pois a localização dificultava o acesso do fórceps e a colega julgou mais apropriado.
Enfim, após alguns minutos estava ali o dente inteirinho ^^ repousando sobre uma gaze... hora da sutura! T.R. utilizou o fio 3-0 de seda e fez a sutura em forma de X. 
Dada as orientações pós-cirúrgicas à paciente, foi prescrito o medicamento (Par. 750mg) por 3 dias, sendo 1 cp a cada 8h. 

Agora fica evidente o porquê de ter sido fantastic! kkk Vi um procedimento que só havia visto 1 x, pude participar na organização da mesa cirúrgica, observei todo o procedimento, T.R. foi muito atenciosa, explicando os passos da exodontia. Vamos torcer pelos próximos dias... kkk 

segunda-feira, 19 de março de 2012

Clínica Odontológica I - nº 04

Refere-se ao dia 16/03/12.

Este dia foi específico para que todos processassem as películas que estavam em imagem latente, foi uma SURPRESA kkkkkk Esperava ver coroas, raízes, osso alveolar... e o que vi? kkkk chaves, aneis (não tem mais acento, fica estranho) e moedas!
Olhando pelo raciocínio da ética, nada mais plausível que isto. Assim, pacientes não foram submetidos à radiação sem uma justificativa apropriada. Fizemos filas e, aos poucos, fomos realizando o trabalho. Fiquei ansiosa quando vi algumas folhas de papel cobrindo o plástico avermelhado da câmara escura portátil, pois quando revelei, na sexta anterior, podia enxergar minhas mãos manipulando o envelope e seus envoltórios. Mas, graças a Deus, tudo deu certo! Consegui processar de maneira satisfatória e a imagem formada foi a de um anel. :) A única dificuldade que tive foi a de julgar se o filme já estava suficientemente seco (sei que com isso pareço uma sem noção kkk mas é a triste verdade), levei duas vezes à tutora até que realmente estivesse seco o suficiente para guardá-lo. Bom, vamos ver o resultado então né? :D acabei de tirar a foto da minha segunda película revelada (a primeira perdi a grande oportunidade de fotografar =/ ). Só para constar: na falta de um negatoscópio, usei a tela do notebook... kkkkk
Negatoscópio: tela do pc
Colgadura: meu dedo
kkkkkkk :)


terça-feira, 13 de março de 2012

Clínica Odontológica I - nº 03

Essa postagem corresponde à seguinte data: 09/03/12

Foi uma sexta tranquila, onde a temática seria a volta dos pacientes da triagem. Na verdade atendemos apenas uma paciente, mas foram realizados procedimentos que para mim foram novidade. Vamos lá:

E. A. A. B. , sexo feminino, 75 anos, trouxe a radiografia panorâmica digital onde mostrava indício de um tratamento endodôntico no elemento 34, porém a paciente nega ter sido submetida ao mesmo. kkkkkkkkk vai saber! mas foi interessante minha dupla perguntar sobre isso e a paciente negar veemente kkkk =) tá! sei que não é motivo de riso mas a cena foi engraçada kkkkk
Então... pela primeira vez vi uma profilaxia sendo feita, pena que minha dupla não sugeriu que eu ou E.A. fizéssemos algo, ficamos apenas colhendo um material ou outro e observando, sem pôr a mão na massa. Ficaria satisfeita com isso, mas como minha colega de 3º período do lado estava fazendo a profilaxia me bateu uma tristeza por não ter tido a mesma oportunidade. Próxima vez irei pedir =D kkkk
Ahh... antes da profilaxia foi calculado o índice de placa, é bem interessante... a paciente possui apenas 18 elementos e seu índice foi de 25%, considerado um valor aceitável.
Gostei de uma coisa: nossa tutora entregou os formulários da clínica para que arquivássemos numa pasta e assim pudéssemos olhá-los em casa, fica muito mais fácil de aprender a preenchê-los que acumular tudo pro período da clínica. Já montei minha pasta, onde irei também anexar esses diários daqui... =) 
Resumindo: Foi realizado RPS, evidenciação de placa, profilaxia de todos os dentes e odontograma. Ficou agendado para fazer as RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS na próxima sexta!! =D Será ótimo porque poderei praticar melhor o que foi assunto da prova de hoje de radiologia.

Fechando o dia, após a paciente e minha dupla irem embora... pude realizar uma radiografia periapical pelo método do paralelismo nos incisivos inferiores de uma colega do 9º período. Também pude processar a película na câmara escura portátil, secar e ver o resultado =D Deveria ter tirado uma foto!! =( ficou faltando isso...

Até a próxima!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Clínica Odontológica I - nº 02

Dando continuidade às postagens, relatarei o que aconteceu no segundo dia de clínica (deveria ser o terceiro mas dia 24/02 não tivemos, devido os festejos de carnaval). Hoje estive com minha dupla certa (B.M.), sendo que mais uma colega  foi adicionada à equipe (E.A., também 3º período). Preparamos o consultório com o plástico tipo filme, envolvendo todas as estruturas necessárias para assegurar um ambiente asseado. Foram atendidos 03 pacientes, sobre os quais irei dissertar:

  1. E.A.B. , sexo feminino, 74 anos, P.A. 120x80 mmHg. Queixava-se de má adaptação de sua prótese parcial, além de haverem caído alguns dentes e ela estar 'folgada'. Ao exame clínico, B.M. verificou que por ela não possuir os elementos 16, 17 e 18 assim como os 46, 47 e 48 a prótese seria confeccionada apenas até os elementos 45, pois não haveria necessidade dos demais na prótese inferior por não haver oclusão com os superiores, visto ser uma área edêntula. A radiografia panorâmica digital datava de 2009, sendo solicitado outro exame além de glicemia em jejum e pós-prandial, hemograma e coagulograma. A paciente foi encaminhada para atendimento na Clínica Odontológica V. :) Gostei muito da senhorinha, pois ela tinha sido bibliotecária e isso rendeu uma boa conversa enquanto E.A. estava escrevendo no prontuário dela com a supervisão de B.M., acredito que é interessante ter um contato maior com o paciente, não nos comportando como meros tecnocratas que apenas realizam um trabalho mecânico, devemos enxergar aquela pessoa como alguém que tem valor e que está nos permitindo aprender. A retribuição à possibilidade de aprendizado deve ser dada através da cordialidade com o paciente e de um tratamento humanizado e consciente. 
  2. M.S.M.A., sexo feminino, 54 anos, P.A. 110x60 mmHg. Esta paciente tinha como queixa principal a odontalgia de vários elementos, e trazia consigo também a expectativa de restabelecer sua mastigação através de uma prótese parcial. Trouxe exames complementares (Glicemia, Hemograma e Coagulograma), os quais referiam taxas dentro na normalidade. Foi realizada a palpação dos linfonodos submandibulares por B.M., além do exame clínico. Encaminhada para a Clínica Odontológica V. Interessante foi perceber que apesar do paciente necessitar de tratamento odontológico, como no caso desta senhora, também devemos considerar que ele possui obrigações que muitas vezes são obstáculos para a continuação do tratamento. Neste caso, a paciente gostaria de saber se poderia marcar o tratamento para o turno vespertino, pois seu trabalho era concentrado no matutino. :) Como profissionais da saúde, mesmo sabendo da necessidade de continuação do tratamento, devemos nos sensibilizar e averiguar a possibilidade. Essa conduta não significa priorizar a ocupação da paciente, a saúde bucal está em primeiro plano para nós mas é uma maneira de diminuirmos também o índice de evasão, de desistência. Hoje estamos na Clínica da faculdade porém devemos atuar como atuaríamos caso a clínica fosse nossa ou estivéssemos na Estratégia de Saúde da Família, precisamos nos comprometer com nosso trabalho.
  3. A.B.S., sexo masculino, 29 anos, P.A.100x60 mmHg. Este foi o caso mais interessante do dia, apesar de não ter trazido os exames complementares outrora solicitados (pois afirmou que só estariam prontos nesta quarta-feira próxima). O exame clínico chamou minha atenção para vários elementos, ou melhor, pontos negros no lugar onde já existiram os elementos (principalmente o 14). B.M. me explicou que eram restos radiculares e que o paciente deveria ser submetido a várias exodontias. Foi marcado para voltar na próxima sexta e, a partir dos resultados laboratoriais, ser encaminhado para a clínica competente.

Concluo meu segundo relato lembrando que as considerações que fiz ao longo do texto não são críticas a nenhuma das colegas que comigo estiveram, porém são reflexões sobre condutas que desejo desenvolver e aprimorar. :) Se não há reflexão, se não há correlação do que se vivencia com o que se estuda, pouco proveito pode-se tirar.

Até a próxima! :D

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Clínica Odontológica I - nº 01

Meu primeiro dia de clínica foi na sexta-feira (17/02/12), estava apreensiva por não saber ao certo o que iria fazer ou em quê iria ser cobrada. Sabia que devíamos aferir a pressão arterial de todos os pacientes, ter atenção ao que nossa dupla do 9º período iria executar e anotar quaisquer dúvidas para dirimir com o professor. 
Chegando lá, tivemos que escolher qual consultório iríamos utilizar até o fim da disciplina, recebemos instrução do professor regente, soubemos que teríamos um tutor e que deveríamos recorrer a ele sempre que se fizesse necessário (evitando sobrecarregar o profº regente), iríamos preencher as requisições de radiografia panorâmica e realizar (sob supervisão da dupla) o exame clínico na cavidade oral dos pacientes.

Após isso, fui à CME e solicitei meu material de exame clínico, organizei os impressos (folha de requisição de exames) na mesa acessória do consultório, conversei rapidamente com D., pois fiquei com ele visto que minha dupla (B. M.) avisou que iria faltar, lavei as mãos e aguardei o 1º paciente chegar.

Ao todo foram 6 pacientes por nós atendidos, todos normotensos, porém com grande quantidade de problemas dentários. Foi fascinante visualizar com o odontoscópio as arcadas, me deparei com molares que estavam destroçados, com um pré-molar que era amarelado e tinha pontos pretos que posteriormente minha dupla disse que era ionômero de vidro que havia sido erroneamente empregado ali. Foi interessante conversar com os pacientes, ver a preocupação deles com a saúde bucal, o desejo de restaurar a função e estética dos elementos dentários além da preocupação evidente em perder algum dente. Inclusive lembro de um sr. que ao receber a informação de que provavelmente teria seu 2º molar extraído questionou sobre a possibilidade de algum tratamento que preservasse, denotando sua preocupação em perder o elemento. Outro paciente possuía prótese dos elementos 11 e 21 fixadas nas raízes dos respectivos dentes, acredito que o nome dado seja coroa, porém a panorâmica datada de 2011 revelava reabsorção radicular do 11 e devido essas coroas serem de TRINTA anos atrás talvez fosse preferível que ele utilizasse uma PPR, esse caso terá continuidade e desejo saber o resultado, lembrando que o pacte não desejou usar a PPR por questões estéticas.

Enfim, o primeiro dia foi empolgante e fez com que meu receio diminuísse. Espero pelo próximo dia! :D


AVISO

Bom dia a todos! 

O 3º período está trazendo diversas novidades para a minha vivência acadêmica, estamos frequentando o laboratório de Dentística pré-clínica I, o CEO de estomatologia e a Clínica Odontológica I. As experiências estão sendo muito ricas, estamos nos aproximando cada vez mais do dia em que teremos contato direto com o paciente, estando ele sob nossa responsabilidade, visto que já temos contato porém a responsabilidade é de um aluno do 9º período que forma dupla conosco (óbvio que tudo com supervisão e aprovação do tutor).


Ontem a professora de Clínica Odontológica I, que também é minha tutora, pediu que fizéssemos um diário sobre nossa vivência na clínica. Dessa forma, postarei aqui o que irei aprendendo e descobrindo nesse ambiente. Espero que minhas experiências possam servir de incentivo para quem deseja cursar odontologia e de aprendizado para quem também está nessa fase em que estou, além de satisfazer à exigência da professora. :)

Vamos ao primeiro post!







quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Câncer Bucal

Esse tema é de fundamental importância para a vivência clínica do cirurgião-dentista, assim como deve ser propagado entre a população de maneira a incentivar medidas de prevenção e alertar sobre a visita regular ao profissional. Neste post, faço um resumo do capítulo concernente ao tema título da postagem que pode ser encontrado na página 39, da obra 'Cadernos de Atenção Básica - Saúde Bucal' nº 17, do Ministério da Saúde, publicado em Brasília - DF no ano de 2006.

Apesar da obra ter seis anos de publicação pouca coisa mudou, visualizo as mudanças mais a respeito de complementos científicos que surgiram com as novas pesquisas, ou seja, o conhecimento que essa obra propaga não encontra dissonância com os artigos atuais sobre o tema, apenas lacunas. Essas lacunas serão preenchidas nos próximos posts, onde dissertarei acerca dos novos conhecimentos. Vamos lá!

O câncer de boca abrange os cânceres labiais e da cavidade oral, de maneira generalista, sendo assim: lábios, assoalho bucal, língua, palato duro, gengivas e mucosa bucal. Está entre as principais causas de morte por câncer o Brasil, devendo-se principalmente ao diagnóstico tardio onde a doença está em fase avançada. Os indivíduos mais acometidos são do sexo masculino, com idade superior a 50 anos e o tipo de câncer mais comum é localizado no assoalho da boca e na língua, sendo o tipo histológico mais frequente o carcinoma epidermóide (células escamosas).

O câncer bucal é uma doença que pode ser prevenida de forma simples, desde que se amplie o acesso aos serviços de saúde e se implemente medidas de promoção à saúde bucal. 

Os principais fatores de risco são:
  1. Culturais e socioeconômicos (que reflete diretamente no acesso ao serviço odontológico)
  2. Tabagismo (principalmente o hábito de mascar fumo, utilizar cachimbo, etc)
  3. Etilismo (que associado ao tabagismo aumenta consideravelmente a predisposição)
  4. Exposição à radiação solar (orientar ao uso do chapéu e filtro solar)
  5. Higiene oral deficiente
  6. Uso de próteses mal-ajustadas
  7. Imunosupressão (aidéticos, pacientes submetidos a tratamentos radioterápicos e/ou quimioterápicos, etc)
O cirurgião-dentista que executa seu trabalho ao nível de Atenção Básica, na Unidade de Saúde (antigo posto de saúde) deve mobilizar-se junto aos Agentes Comunitários de Saúde (pois conhecem a área de abrangência e os moradores) e analisar quais áreas possuem maior risco para o aparecimento do câncer bucal. Onde se concentram homens, a partir dos 40 anos, que possuem dois ou mais hábitos supracitados, para que seja realizado o exame compulsório da cavidade oral. Principalmente em regiões rurais, onde, muitas vezes, o trabalhador não utiliza filtro solar (devido, principalmente, ao seu custo de aquisição) e não possui hábito de utilizar chapéu, ficando exposto diariamente aos raios solares. Porém, deve-se lembrar que apesar da prevalência ser superior (cerca de 2/3) no sexo masculino, não devemos ignorar as mulheres. Sendo assim, quaisquer pessoa que possui fatores de risco deve ser encaminhada ao serviço odontológico para um exame de rotina. Essa cultura deverá ser alimentada pelos Agentes Comunitários de Saúde e pelos profissionais da Odontologia, através de palestras, campanhas, visitas domiciliares, entrevistas na rádio local, etc. O dentista deve encontrar formas de aproximar-se da comunidade, criar com ela vínculo e ganhar confiança para ter um melhor resultado em seu trabalho.

O cirurgião-dentista deve realizar o exame clínico extra-bucal ( exame da face, regiões submandibular e submentoniana e articulação têmporomandibular) e intra-bucal (exame de lábios, bochecha, língua e palato), incluindo a visualização e palpação, de forma a detectar anormalidades. Existem lesões com potencial de se tornarem malignas: leucoplasias, queilose actínica, líquen plano, na sua forma ulcerativa ou erosiva, etc.

Qualquer lesão de tecidos moles que não apresente regressão em 3 semanas deve ser referenciada para diagnóstico!

domingo, 8 de janeiro de 2012

Terceiro Período

Passadas as comemorações de final de ano e meu aniversário [ontem], retorno ao blog! Obrigada meu Deus por mais um ano, creio que será abençoado e terá grandes acontecimentos. =)


Estou entusiasmada com a aproximação do terceiro período, agora teremos disciplinas mais técnicas e poderemos ter mais contato com a prática odontológica. Vamos utilizar muitos instrumentais [a lista é extensa, mais de 90 itens], aplicar os conhecimentos de Anatomia de Cabeça e Pescoço e Anatomia Dentária com bastante regularidade e, por isso, é interessante fazermos uma revisão para fixar ainda mais esse saber. Tenho muitas expectativas...


Disciplinas deste período:




  1. Clínica Odontológica I 
  2. Dentística Pré I
  3. Fisiologia Aplicada à Odontologia [Renato Cabral *--*]
  4. Materiais Odontológicos [Dizem q é difícil =S]
  5. Orientação Profissional
  6. Propedêutica I [o professor é autor de um livro sobre essa disciplina, já estou lendo]
  7. Psicologia em Saúde [Rossana *------* xD]
As aulas iniciam em Fevereiro, desta vez quero ser mais organizada com meus materiais de estudo [não perder xerox, não deixar de fazer anotações no caderno kkk]. Estou ansiosa pra comprar meu caderno e os materiais [economizei 1 ano e vou gastar tudo de uma só vez kkkkkkk mas vale a pena, o sonho será alcançado em nome de Deus], quero ver um a um... organizar tudo na maleta =)
O que os estudantes de odonto mais reclamam é sobre o alto custo dos materiais que precisam ser adquiridos, ainda não saiu o orçamento dos nossos materiais mas imagino que será entre R$ 2.500,00 a R$ 3.000,00. Farei um post sobre isso assim que comprá-los! kkkkkkk 

E que venhaaaa mais um período e assim cada vez mais próximos do nosso futuro profissional!