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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

1 - O estudo do Crânio

Gostaria de salientar primeiramente as obras que estou consultando para a elaboração dessas postagens:


  1. Anatomia da Face - Bases Anatomofuncionais para a prática Odontológica, 6ª edição, 2008, do autor Miguel Carlos Madeira.
  2. Anatomia Craniofacial - Aplicada à Odontologia, do autor Marcelle Alvarez Rossi, 2010.
  3. Sobotta, Atlas de Anatomia Humana; volume 1, 22º edição.
Estudar o crânio é um desafio devido ser uma estrutura óssea complexa, não pelo fato de ser composto por 22 ossos mas, sobretudo, por abrigar o encéfalo, os órgãos dos sentidos (bulbo do olho [visão], orelha [audição], língua [gustação] e cavidade nasal [olfação]) e o início dos sistemas digestório e respiratório. A complexidade dessas estruturas é responsável pela riqueza de detalhes anatômicos encontrados no crânio.
Lembrando que o desenvolvimento do complexo craniofacial se inicia a partir da 4ª semana de vida IU (intra-uterina) e que o 1º arco branquial é responsável pela formação da maxila e da mandíbula, através de seus processos. Inicialmente os ossos que compõem a calvária (ou calota) craniana estão separados entre si por fontanelas (constituídas de tecido fibroso), a ossificação intramembranossa dessas fontanelas só irá ocorrer entre os 18 aos 24 meses. O principal motivo para a existência dessas fontanelas é facilitar a passagem do feto pelo canal vaginal (parto vaginal), através do estreitamento da circunferência da cabeça que após o nascimento retorna ao tamanho original que possuía no ambiente uterino e posteriormente diminui em consequência da ossificação intramembranosa acima citada. Após a ossificação das fontanelas observamos sua lembrança através das suturas (articulações fibrosas sem movimento), apesar que com o tempo pode ocorrer um processo chamado sinostose que "apaga" essas suturas e torna a calota craniana lisa e aparentemente contínua (como se fosse um osso único).
Crânio num corte sagital.
O crânio, didaticamente, é dividido em:

  • Neurocrânio (constituído por 8 ossos: frontal, 2 parietais, 2 temporais, occipital, esfenoide e etmoide);
  • Viscerocrânio (constituído por 14 ossos: 2 maxilas, 2 zigomáticos, 2 palatinos, mandíbula, 2 nasais, vômer, 2 lacrimais, 2 conchas nasais inferiores).
A calvária é o ponto mais superior do neurocrânio, tendo seus limites representados pela glabela (anteriormente) e pela protuberância occipital externa (posteriormente). Os ossos da calvária são caracterizados por duas camadas de osso compacto (tábua externa e interna) intercaladas por uma camada intermediária de osso esponjoso (díploe). É de comum senso que a tábua óssea interna é menos resistente que a externa. 
A base do crânio possui na face interna três fossas cerebrais:

  1. Fossa anterior - aloja o lobo frontal do cérebro, é limitada posteriormente pela asa menor do esfenoide  e sulco pré-quiasmático. O soalho é constituído pelo osso frontal, principalmente, e pela crista etmoidal + lâmina crivosa do etmoide.
  2. Fossa média - aloja o lobo temporal do cérebro, seu limite anterior é o posterior da fossa anterior (asa menor do esfenoide e sulco pré-quiasmático) e seu limite posterior é o dorso da sela e a margem superior da parte petrosa do temporal.
  3. Fossa posterior - aloja a ponte, o bulbo e o cerebelo. Seu limite anterior, como a lógica nos faz saltar aos olhos, é o dorso da sela e a margem superior da parte petrosa do temporal enquanto que seu limite posterior é o osso occipital (onde estão as fossas cerebelares). Seu soalho é formado pelo occipital juntamente com o temporal.
Bom, espero que essa explicação inicial tenha sido fidedigna ao objetivo que me propus ao me comprometer em postar sobre anatomia. Logo, logo, teremos mais um tema. Até lá!


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